domingo, abril 20, 2008

domingo, abril 06, 2008

Decidi, vamos ser dois cá em casa!

Eu e ele! Apresento-vos o Pechão...

terça-feira, abril 01, 2008

Aquilo que precisava de "despejar" há meses...


Ainda em Quarteira… A caminho de casa não havia pedra da calçada que não me fizesse recordar instantes que passámos juntos.

A árvore onde fiz inversão de marcha para voltar a estar contigo.

A esplanada entre as árvores e o mar.

O virar a esquina para ir para casa e cruzar o café que uma noite fomos.

O estacionamento onde gostava de ver o teu carro parado, por o que isso significava.

O varandim onde víamos o pôr-do-sol.

Os fins de tarde na areia da praia.

O ver o mar da minha janela.

As tardes em que bebíamos chá no meu sofá.

O fondue de chocolate.

Os banhos pela manhã.

O ver-te vestir e dar o nó da gravata.

O saber-te sempre lá comigo naqueles dias.

O dizer-te adeus da janela.

As conversas dentro do carro à porta de casa.

As sextas-feiras.

A música.

A fotografia.

Os filmes.

Aquela noite em que me vieste visitar por escassos instantes no fim da rua.

O domingo que me surpreendeste com o toque da campainha e um beijo.

O ambientador de maçã e canela, fechar os olhos e sentir o teu cheiro e o teu calor.

E agora? Pensas que por já não passar por lá não me recordo?

E se te disser que a luz, a simples luz do entardecer, os dias longos, a brisa quente, o Sol e qualquer onda do mar me lembram as nossas tardes… os nossos momentos.

Pois é, isto que acabei de dizer acontece todos os dias em qualquer lugar… Logo...

Qualquer outro sítio onde vá…estás lá. Não só pelo que acabei de dizer mas porque “nós” estivemos lá. Levei-te aos meus sítios. Tu levaste-me aos teus.

Há dias que sou feliz pelo que tivemos. Nesses dias sinto que é e será sempre parte do que somos. Estaremos sempre ligados. Somos mais realizados e pessoas mais felizes porque amámos e o que vivemos faz de nós pessoas melhores. Apesar de tudo…

Outros dias sinto uma revolta dentro de mim, e preciso de te erradicar da minha vida, porque vieste e ficaste de tal forma que por vezes parece que nunca vais sair.

És como uma espécie de maldição. Gosto de gostar de ti. Mas odeio senti-lo, porque…

Na hora da despedida.


Tinha um sonho e foi atrás dele.

Lutou para reunir as condições necessárias, e certo dia concretizou-o.

Saiu da cidade onde nasceu, onde cresceu, onde estudou, onde sempre tinha vivido, onde se tornou a pessoa frágil mas simultaneamente decidida.

Partiu para o mundo que desejara.

Quarteira foi desde finais de Dezembro de 2007 a meados do mês de Março de 2008 o seu porto de abrigo.

Construiu o seu ninho passo a passo, serena, firme e determinada. Sempre soube para onde queria ir, qual o caminho que queria seguir, qual o rumo que tinha projectado para a sua vida.

Ontem, dia 31 de Março, foi o dia em que foi buscar, à casa que lhe abriu a porta para a vida que realiza a cada dia que passa, as últimas coisas que lhe pertenciam. Ficou nostálgica, sorriu, chorou, mas acima de tudo recordou.

Naqueles escassos instantes em que ali esteve a recolher as suas coisas, cruzou o olhar com cada recanto daquele espaço e reviveu excertos de momentos que ali passou.

Naquele espaço sonhou, desiludiu-se, sorriu, chorou, foi feliz, desesperou, esteve preenchida, sentiu-se sozinha, amou, foi amada, um misto de coisas boas e coisas más. Acima de tudo, Quarteira, aquele espaço, foi cenário de histórias, emoções e de momentos que a fizeram crescer e torná-la na mulher que a cada dia que passa se tem vindo a afirmar.

Tal como há pessoas que passam nas nossas vidas, também há situações, locais e até mesmo casas que nos marcam. Não pelas quatro paredes que as constituem mas pelos instantes que comportam.

2007 foi um ano de mudanças na sua vida.
2008 não parece que vá ficar atrás.

Novos desafios surgem, constantemente, na sua vida.

Apenas duas dúzias de anos passaram e ela parece já ter vivido uma vida cheia de emoções.

O balanço é positivo!

A cada instante que passa sente que a vida lhe sorri, que tem de ser uma pessoa especial, pois apesar de todos os contratempos que por vezes lhe surgem tem feito o seu caminho sempre pela estrada das pessoas realizadas e felizes.

Este foi mais um passo… feliz.

Obrigada a todos que fizeram parte dele.