terça-feira, setembro 11, 2007

Reflexão sobre a tarde...

As ondas do mar, que nos serviam de cenário, mantinham a nossa respiração tranquila, apesar de toda a ansiedade.

O vento, envergonhado com a nossa paixão, não se fazia sentir.

Os pássaros atreviam-se a cheirar-nos o odor quente dos corpos que exaltavam desejo.

...E as palavras proferidas declararam o impossível como a maior das possibilidades...

Impera desistir?
... Sim! Se quero? Não!!!

Magoar-me?
Com toda a certeza... se o impossível for realmente a realidade.

Mas se deixar que me "enganes" com palavras... palavras essas que não coadunam com os actos... se ignorar que o impossível é possível, não estarei a orientar a minha vida para a dúvida de como poderia ter sido...?!

Sim, não estou certa que me enganes... pois por vezes acho que o impossível está mais que instituído... é latente nas dúvidas constantes, mas por oposição, o impossível revela-se efémero quando se estabelece a cumplicidade... as atitudes, os comportamentos...

Entrego-me à derrota e procuro assumir o impossível, mas logo que penso em enfrentá-lo... encontro sempre "aquele olhar" e "aquele sorriso", os mais puros e sinceros que sei serem os mais genuínos que alguma vez tiveste... para além disso, brindas-me com a magia das palavras ditas em silêncio em cada momento único e intenso que vivemos... e aí sou movida pela força que me leva a acreditar que "o impossível é quase sempre o que não se tentou..."

Deixa de me olhar como quem se encontra a cada segundo que os nossos olhos se cruzam, se fixam e sorriem... a força do nosso olhar é mais profunda que qualquer palavra alguma vez poderá exprimir...

Deixa de me olhar "daquela forma" e o impossível é a nossa realidade...

ou... Mata-me com "aquele olhar" e nada é impossível!

És só tu quem me pode dar a resposta que eu preciso...

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