quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A insustentável dúvida!

...Should I stay or should I go?!

As decisões que tomamos reflectem o que somos.
Os caminhos pelos quais optamos espelham, sem margem de dúvida, uma decisão. Seja ela a certa ou a errada, a definitiva ou a momentânea.

Quando, em determinado instante, decidimos ir por ali, estamos perante um acto reflectido? E se no limite estivermos a agir por impulso?
Entenda-se que sentimento e impulso são estados distintos...
A decisão de ir ou de ficar é sempre consciente?
Parece que não, se pensarmos que todo o impulso provém de um input armazenado na nossa memória que, aquando da sua estimulação, a recordação desse acontecimento, gera um output meramente reflexivo, porque a mensagem guardada assim foi registada, para o respectivo enquadramento, ou contexto.
Com efeito, a decisão pode ser impulsiva.
E se a mente assimila a informação processada pela palavra ou pelo sentimento e decide, consciente pela sua bagagem experiencial, para optar por este ou por aquele rumo... Será impulso ou consciência?
...mas e se essa consciência for livre e desprovida de barreiras?
Será o sentimento a comandar?
Não obstante à capacidade do homem em reflectir em prole de uma etapa da vida, como é o momento de uma decisão... eis que surge a dúvida sobre as atitudes tomadas por meio de nenhum raciocínio e toda a força de um sentimento.
Assim, questiono-me, porque é que o ser humano é tão volátil às emoções e aos sentimentos, deixando-se envolver de tal forma, que a sua consciência traduz-se em grãos de areia que trespassam por entre os dedos...?

Onde estão os fundamentos, que estão na base das decisões por nós tomadas, aquando de um momento de opções...?
Para onde migram todos os argumentos que nos motivam a determinada atitude?
A força dos sentimentos impõe-se a toda e qualquer palavra...
Os estado dominante de qualquer decisão é o sentimento...
...porém, a dúvida existe quando a intensidade se esvaí... incorre-se no julgamento entre o sentimento e a razão... e eis que surge a insustentável dúvida...

...should I stay or should I go?!

Insustentável porque deixamos de saber onde encontrar a força que nos leva a agir em determinada situação... porque fragilizamos crenças com a força do medo de nos magoarmos...
A fortuna de sermos capazes de tomar as nossas próprias decisões vai para além do simples acto de fazermos o que queremos e o que nos apetece...

...pois, o que adianta optar por ficar, se quando um não quer dois não dançam?

2 comentários:

Lino Nunes disse...

A teoria económica não funciona porque todo ela está baseada no facto que o ser humano é racional e toma as suas decisões racionalmente.

Neste sentido maioria dos últimos estudos económicos estão associados também à psicologia.

Porque o ser humano pensa, sente e age por impulso.

Isto para te dizer que é natural tomar decisões por impulso, muitas das vezes desprovidos de razão. Está estudado e comprovado que assim é, e até os estúpidos dos economistas já se aperceberam disso!

Por isso digo-te luxguirl:

"Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?"

You Will Follow disse...

Foste galardoada por um daqueles selos que andam aí a passar de mão em mão. LOL