
...Should I stay or should I go?!
As decisões que tomamos reflectem o que somos.
Os caminhos pelos quais optamos espelham, sem margem de dúvida, uma decisão. Seja ela a certa ou a errada, a definitiva ou a momentânea.
Quando, em determinado instante, decidimos ir por ali, estamos perante um acto reflectido? E se no limite estivermos a agir por impulso?
Entenda-se que sentimento e impulso são estados distintos...
A decisão de ir ou de ficar é sempre consciente?
Parece que não, se pensarmos que todo o impulso provém de um input armazenado na nossa memória que, aquando da sua estimulação, a recordação desse acontecimento, gera um output meramente reflexivo, porque a mensagem guardada assim foi registada, para o respectivo enquadramento, ou contexto.
Com efeito, a decisão pode ser impulsiva.
E se a mente assimila a informação processada pela palavra ou pelo sentimento e decide, consciente pela sua bagagem experiencial, para optar por este ou por aquele rumo... Será impulso ou consciência?
...mas e se essa consciência for livre e desprovida de barreiras?
Será o sentimento a comandar?
Não obstante à capacidade do homem em reflectir em prole de uma etapa da vida, como é o momento de uma decisão... eis que surge a dúvida sobre as atitudes tomadas por meio de nenhum raciocínio e toda a força de um sentimento.
Assim, questiono-me, porque é que o ser humano é tão volátil às emoções e aos sentimentos, deixando-se envolver de tal forma, que a sua consciência traduz-se em grãos de areia que trespassam por entre os dedos...?
Onde estão os fundamentos, que estão na base das decisões por nós tomadas, aquando de um momento de opções...?
Para onde migram todos os argumentos que nos motivam a determinada atitude?
A força dos sentimentos impõe-se a toda e qualquer palavra...
Os estado dominante de qualquer decisão é o sentimento...
...porém, a dúvida existe quando a intensidade se esvaí... incorre-se no julgamento entre o sentimento e a razão... e eis que surge a insustentável dúvida...
...should I stay or should I go?!
Insustentável porque deixamos de saber onde encontrar a força que nos leva a agir em determinada situação... porque fragilizamos crenças com a força do medo de nos magoarmos...
A fortuna de sermos capazes de tomar as nossas próprias decisões vai para além do simples acto de fazermos o que queremos e o que nos apetece...
...pois, o que adianta optar por ficar, se quando um não quer dois não dançam?